quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Distrito 9

Em um primeiro momento, imaginei que “Distrito 9” fosse mais um filme entre alienígenas assassinos versus ‘terráqueos indefesos’. Felizmente me enganei e a produção me surpreendeu por sua metáfora e por seu ponto de vista pouco convencional sobre extraterrestres.
 
Numa invasão de ETs, ao invés de hostilidade os humanos encontram seres ‘pacíficos’ que se instalam em uma área de Johanesburgo, na África do Sul, de nome Distrito 9. Lá eles foram explorados por forças armadas por mais de 20 anos no intuito de fabricar armas com grande poder de fogo tendo como 'matéria prima' o DNA dessas criaturas.
 
O roteiro desenvolve o drama de forma simples tendo como base o clichê que dá ação ao tenso ritmo da película: fuga sucedida da situação ‘quando algo dá errado’. Para tentar disfarçar a trivialidade, o longa investe numa interessante linguagem documentarista e didática para narrar e explicar os acontecimentos.
 
O filme já vale uma ‘espiadinha’ pelo fato de a estória não se passar em território norte-americano, como estamos acostumados a ver, principalmente em Nova Iorque. Outras sacadas bacanas são as metáforas politizadas que traz conceitos de antropologia, ações humanitárias e discriminação racial, que nos remete ao Holocausto e, até mesmo, ao apartheid sul-africano.
 
Além da ótica pouco explorada sobre os ETs, a produção se destaca também por sua parte técnica, como as boas cenas de ação em seu clímax, a fotografia seca, os efeitos visuais realistas assim como a maquiagem, que cria alienígenas crustáceos bizarros e parecidos com camarões. Enfim, “Distrito 9” pode ser difícil de agradar, mas é obrigatório para quem curte o tema.
 
Distrito 9 (District 9)
África do Sul / Nova Zelândia , 2009 - 112 minutos
Ação / Ficção científica
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp, Terri Tatchell
Elenco: Sharlto Copley, Jason Cope, David James
Cotação: * * * * *

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