domingo, 29 de janeiro de 2012

Cinema em casa em HD

O Blu-ray Disc (traduzindo "raio azul", que referencia a cor do laser que lê a mídia) é, definitivamente, o sucessor do Digital Vídeo Disc, o tradicional DVD. Por que? A resposta é simples: high definition (HD), que significa alta definição.

O processo de popularização do Blu-ray está sendo inverso quando o DVD sucedeu ao VHS em 1995 (no Brasil, a mídia chegou em 1998). Depois de cerca de 15 anos do ‘imperialismo’ da fita de vídeo, o DVD apareceu nas lojas com preços baixos para uma tentativa de popularizar a mídia.

A estratégia deu certo e, até hoje, o DVD ainda é insuperável. Para as classes mais baixas, a mídia ganhou dimensões ainda maiores com a pirataria (tanto a ‘cópia’ como a divulgação ou os downloads via web), o que prejudicou o mercado de locadoras.

O aparecimento do Blu-ray no Brasil foi discreto em 2009, porém com marketing e vendas crescentes. Os discos da nova mídia ainda são caros e essa tecnologia exige que a pessoa possua equipamentos modernos, como as TVs de LCD ou LED, que ainda estão com preços salgados, mas que estão ficando mais baratos ano após ano.

Comerciantes dizem que esse ‘processo inverso’ ainda é reflexo do sucesso da popularização do DVD e das estratégias das produtoras e distribuidoras de comercializarem filmes em um preço acessível para combater a pirataria. Além disso, nos últimos dois anos, a venda de aparelhos de DVDs ainda são superiores aos aparelhos de Blu-ray, que já se encontra num valor acessível (cerca de R$ 500).

Cinema em casa

Para usufruir as vantagens do Blu-ray é necessário ter uma TV LCD ou LED em full HD. Os novos televisores são melhores que as tradicionais TVs de tubo e proporcionam imagens mais limpas, detalhes mais nítidos, cores mais vivas e vibrantes para os sinais digitais de alta definição.

Comparando as mídias em dupla camada, o DVD possui 1280x720 linhas de resolução e pode armazenar até 8,5 GB (4,7 GB para os DVDs virgens), enquanto o Blu-ray oferece 1920x1080 linhas de resolução com armazenamento de 50 GB (25 GB para os Blu-rays virgens).

Para os usuários do DVD, não fiquem triste com a mudança, pois o DVD não será ‘exterminado’ tão cedo como foi o VHS para o consumo doméstico. Isso porque os aparelhos de Blu-ray também lêem DVD, ou seja, a coleção que você tiver em casa será mantida.

Como bom apreciador do cinema ‘espetáculo visual’, o Blu-ray é um colírio para os olhos. Dependendo do arsenal de aparelhos de vídeo e áudio que a pessoa tiver, ela terá uma qualidade próxima de uma sala de cinema na própria casa.

Numa TV de 32 polegadas, nota-se bem a diferença de imagem do DVD original de dupla camada para o Blu-ray, mas nada gritante. Nas TVs de 40 polegadas para cima, a qualidade é absurdamente superior. Visualizar um DVD pirata ou uma cópia, geralmente gravados em mídia virgem de uma camada apenas, a imagem será ruim e os pixels serão visíveis com imagens quadriculadas (pode-se diminuir os ruídos da imagem ao calibrar as configurações de nitidez, cor e contraste da TV).

Comparando o som entre as mídias, a diferença é pouca e só surte mais efeito para quem tem home theater. Tendo um bom equipamento, o Blu-ray oferece qualidade DTS capaz de reproduzir 6 canais de áudio em TrueHD, um canal a mais que os DVDs.  

Filmes de ação com muitos efeitos visuais e som de qualidade e produções com estéticas interessantes valem a pena dar uma conferida em alta definição.

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