terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Crítica aos cinemas de BH

A maioria dos cinemas, hoje, em especial os mais tradicionais de Belo Horizonte, não dá o devido valor ao espectador. Por conta disso, abaixo segue uma crítica aos principais estabelecimentos de projeção de filmes da capital mineira. Nos últimos meses, frequentei as principais salas, como as dos shoppings Pátio Savassi, Cidade e Diamond Mall, e tracei um perfil sobre os problemas que carecem de soluções de funcionalidade das salas citadas.

O que era sinônimo de diversão, ir ao cinema em BH se tornou um programa um tanto quanto desanimador. O deslocamento, o dinheiro extra para lanches (pipoca está cada vez mais cara) e estacionamento, o tempo de antecedência para sair de casa para comprar ingressos e enfrentar multidões em shoppings têm sido empecilhos para algumas pessoas preferirem ficar em casa para verem um bom BD ou DVD.

Claro, não podemos desprezar as ações dos estabelecimentos para facilitar o acesso de seu consumidor às telonas. Exemplos disso são as boas soluções dos cinemas (ainda que pouco utilizada) para diminuir as filas nas bilheterias e outras adversidades, como guichês separados de auto-atendimento que aceitam cartões de crédito, a compra do bilhete via internet e, até mesmo, a marcação prévia de lugares dentro da sala de projeção. 

Se o cinema está cheio, ainda tem outro agravante: conversas paralelas, o barulho de embalagens plásticas de alimentos sendo abertas e a pessoa que está na poltrona da frente que atrapalha outras que estão às suas costas. Esta última opção depende do espaço físico e do tipo de sala de cinema oferecido, como o ‘clássico’ (geralmente são salas mais planas com a tela baixa à frente) ou o tradicional stadium (parece uma arquibancada e com a tela no alto da sala).

Isso, contudo, é muito pouco para o espectador. Muitos cinemas não conservam o tratamento adequado para com o seu consumidor ao não renovarem poltronas com estofados gastos, no desconforto da falta de espaço para as pernas e para o trânsito de pessoas nas fileiras e na precariedade de seus equipamentos (som e imagem). Os equipamentos, diga-se de passagem, são, ao lado da estreias de filmes, os principais motivos para o deslocamento de pessoas para o cinema.

O que tem em um estabelecimento falta em outro. Em uma visão geral, infelizmente, os equipamentos estão cada vez mais precários. As diversas caixas de som na sala não funcionam como deveriam, alguns cinemas apresentam sujeira nas telas, a legenda dos filmes é visualmente péssima (a maioria de letras brancas sem contornos na fonte para facilitar a leitura quando a mesma está sobreposta a uma imagem clara), os projetores que parecem velhos e cópias de rolos de filmes que, às vezes, dão a impressão de estar mal conservadas devido a riscos e manchas na película.

Sobre a limpeza, geralmente, os banheiros estão bem conservados, mas dentro das salas é de desanimar. Não culpo apenas os estabelecimentos, mas também as diversas pessoas mal educadas que consomem alimentos dentro do cinema e não levam o lixo para uma lixeira ao final das sessões. Se isso acontece e a sala fica suja para novos públicos, é porque o tempo de uma sessão para outra está pequeno demais para que as salas sejam limpas, o que favorece a empresa que, quanto mais sessões tiverem, mais lucro ela poderá obter.

Há cinemas que oferecem bons equipamentos técnicos e não tem o conforto adequado ou vice-versa.  É por essas e outras, que a melhor opção de assistir a um filme tem sido em casa. Não quero tirar o mérito do encanto da sétima arte em ver um longa em um cinema, mas as reclamações acima me fazem ficar mais no conforto do meu lar em ver um bom Blu-Ray, que tem som e imagem melhores que as grandes salas de projeção.

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