sábado, 8 de dezembro de 2012

2012

Imaginar como seria uma catástrofe sempre me deslumbrou. Quando o cinema resolve destruir ‘cartões postais’, principalmente nos Estado Unidos, logo penso no diretor Roland Emmerich, responsável por quase extinguir os norte-americanos em “Independence Day”, “Godzilla” e “O Dia Depois de Amanhã”. 

Em “2012”, Emmerich não economiza tragédias para retratar o ‘fim do mundo’. Para isso, ele parte de uma premissa interessante sobre o mito do calendário Maia que ‘profetiza’ o ‘final dos tempos’ decorrente de desastres ambientais (vulcões, terremotos, maremotos, etc.). 

O roteiro traz convencionalismo narrativo e clichês previsíveis em sua trama. A história, repleta de absurdos, investe em detalhes triviais, como heroísmo familiar, desespero e sentimentos generalizados de culpa e de esperança. Talvez essas sensações sejam a lição que Emmerich transmite em seu longa: não ignorar os problemas do meio-ambiente e ‘preservar a natureza’ não é uma mera demagogia. 

Os efeitos visuais, que criam várias cenas espetaculares de tirar o fôlego, tornam ‘reais’ o medo que as pessoas têm de um possível colapso e isso é o que interessa no filme. A verossimilhança das tragédias é tão eficiente que dá vontade de rever cada cena para prestar a atenção nos inúmeros detalhes da destruição. 

“2012”, embora seja um pouco longo e tenha um clímax politicamente correto, foi um dos maiores entretenimentos de 2009/2010 e, com certeza, está no topo do subgênero ‘filme-catástrofe’. A diversão agradece! 

2012 
EUA , 2009 - 158 minutos 
Aventura / Ficção científica 
Direção: Roland Emmerich 
Roteiro: Roland Emmerich, Harald Kloser 
Elenco: John Cusack, Chiwetel Ejiofor, Oliver Platt, Amanda Peet, Thandie Newton, Woody Harrelson, Zlatko Buric, Danny Glover, Thomas McCarthy 
Trailer: clique aqui 
Cotação: * * *