segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A epidemia

Filmes sobre extermínios em massa causados por vírus mortais sempre me atraíram. Dentro dessa ótica, temas que usam zumbis como vilões, apesar de serem batidos em Hollywood, são divertidos por mostrarem pontos de vista diferentes sobre possíveis catástrofes virais.
 
Longas que investem nesses assuntos nos remetem a George A. Romero, pioneiro e mestre em produções que envolvem ‘mortos-vivos’ em crônicas sobre o cotidiano com pitadas de horror. Inclusive, “A epidemia” é uma refilmagem de “O exército do extermínio” (The Crazies, 1973), dirigido pelo próprio Romero.
 
O ritmo lento e o ambiente de cidade rural com paisagens bucólicas favorecem a atmosfera do filme. Quando se inicia a catástrofe, todo esse clima sensível e vagaroso se transforma em tensão com cenários de destruição e requintes de crueldades promovidas pelo exército norte-americano.
 
Em um filme com tema bastante explorado, os clichês também não fogem à regra. Além das confusões de fuga, no grupo que luta para sobreviver há uma grávida, um líder e um maluco representando, respectivamente, a esperança, a racionalidade e a virilidade para enfrentar a situação.
 
Apesar do mistério trivial e ter um clímax previsível, “A epidemia” é bastante eficiente ao mostrar ‘mortos-vivos’ diferentes da visão tradicional e por investir no ponto de vista de isolamento das vitimas sem entrar no lado político sobre o caos, o que valoriza o suspense. Embora seja convencional, a procução é bem dirigida, convincente e não decepciona.
 
A epidemia (The Crazies)
EUA, 2010 - 101 minutos
Suspense / Terror
Direção: Breck Eisner
Roteiro: Scott Kosar, Ray Wright
Elenco: Timothy Olyphant, Radha Mitchell, Joe Anderson, Danielle Panabaker, Christie Lynn Smith, Preston Bailey, John Aylward
Cotação: * * *

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