quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Cubo

No final da década de 90, uma ficção científica de nome curioso foi lançada diretamente para as locadoras. Em meio a tantos filmes do gênero que eram, em sua maioria, realizados pelos norte-americanos, este longa canadense de produção independente chamou a minha atenção com sua proposta pouco convencional.
 
Misteriosamente, seis pessoas acordam dentro de um labirinto formado por salas cúbicas interconectadas. O problema é que algumas salas possuem armadilhas fatais e códigos a serem decifrados para que os confinados encontrem a saída do lugar. Como cada personagem possui uma habilidade, a união entre eles é primordial para que o grupo mantenha a esperança de escapar do cubo.
 
“Cubo” surpreende pelo tom enigmático de sua realidade: é um experimento ou uma prisão futurista? Além das emboscadas mortais, o filme se destaca, também, pela forma com que o inteligente roteiro desenvolve os passos dos protagonistas e seus conturbados relacionamentos interpessoais, o que resulta em um tenso e paranóico thriller psicológico.
 
É aí que a ágil direção de Vincenzo Natali e a boa direção de arte se sobressaem. Os eficientes efeitos visuais e os cenários curiosos criam interessantes ambientes claustrofóbicos que deixam o espectador apreensivo até o clímax.
 
O trunfo de “Cubo” é sua autenticidade e por isso tenha sido justamente cultuado em sua época. Com o sucesso, o longa gerou mais duas continuações infinitamente inferiores. Obrigatório para os fãs do gênero.
 
Cubo (Cube)
CAN, 1997 - 90 minutos
Ficção científica/Suspense
Direção: Vincenzo Natali
Roteiro: André Bijelic, Vincenzo Natali e Graeme Manson
Elenco: Maurice Dean Wint, Nicole deBoer, Nicky Guadagni, David Hewlett, Wayne Robson, Andrew Miller.
Cotação: * * * *

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