quinta-feira, 3 de maio de 2012

Planeta Terror

Indiscutivelmente, Robert Rodriguez é um “Tarantino trash”. Seu lado frenético, pitoresco, exagerado e ácido são as qualidades do diretor que está à vontade conduzindo sua cartilha em “Planeta Terror”, longa que faz parte do projeto Grindhouse, em parceria com seu ilustre amigo Quentin Tarantino, que homenageia as sessões duplas de cinema dos anos 70. 

Na história, um misterioso experimento vaza um gás tóxico e transforma as pessoas em monstros ou em uma espécie de zumbi. Diante deste quadro apocalíptico, o filme aborda diversos personagens que se juntam em um determinado momento da narrativa para combater um exército de ‘inválidos assassinos’. 

Rodriguez se entregou de corpo e alma ao projeto. Sua brincadeira de homenagear a sétima arte setentista (inclusive há reproduções de erros de edição e defeitos de película) aliada ao seu ‘jeito de fazer cinema’ fez de “Planeta Terror” um dos produtos mais cools, estilosos e instantaneamente cult dos anos 2000. 

A ação frenética, o exagero, a caricatura, a reciclagem de clichês e o ‘terror zumbi’ com imagens cruas, maquiagem realista, cenas repugnantes e sanguinolência são os elementos que fazem do filme uma ‘pérola trash’. Tudo isso está numa linha paródica, com sacadas impagáveis (a ideia da mulher perneta que usa uma metralhadora como prótese é genial), que investe no humor negro para entreter o espectador.

Comparando os ‘longas Grindhouse’, “Planeta Terror” não tem a genialidade e muito menos o glamour que “À prova de morte” ganhou de Tarantino, entretanto, diverte pela ‘tosquice’ que encantou os diretores do projeto. 

Planeta Terror (Grind House - Planet Terror) 
EUA, 2007 - 97 minutos 
Ação / Terror
Direção: Robert Rodriguez 
Roteiro: Robert Rodriguez 
Elenco: Marley Shelton, Rose McGowan, Freddy Rodriguez, Naveen Andrews, Tom Savini, Michael Parks, Josh Brolin, Carlos Gallardo, Bruce Willis, Quentin Tarantino, Stacy Ferguson 
Cotação: * * * *

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