A 85ª edição do Oscar foi uma hora escura ao indomável sonhador Spielberg e
seu candidato Lincoln.
Somente Argo desfrutou o lado bom da vida do evento ao
faturar o premio principal junto com
os oscarizados aventureiros Pi,
digo Ang Lee, e Tarantino que deu um tiro certeiro na originalidade de Django.
A verdade é que o Oscar foi a festa dos adaptados e seu roteiro foi digno da manobra do filme de Ben Affleck:
começou perdendo, a estratégia em busca para o triunfo foi montada, a melhor estória
de resgate foi escolhida e a grande fuga
para a vitória, que parecia impossível,
aconteceu em seu clímax numa saída de mestre.
Alguns personagens se destacaram. Apesar de Denzel Washington não
conseguir levantar voo, foi o
presidente Daniel Day-Lewis o mais votado como ator. Outra que passou longe do lado ruim da vida foi Jeniffer Lawrence que faturou como atriz; o ‘coronel Hans Landa’ Christopher
Waltz foi premiado novamente como coadjuvante
e Anne Hathaway cantou mais alto que
suas oponentes auxiliares. Quem cantou de Oscar mesmo foi Adele, que está
longe de ser uma ‘Bond girl’!
Não faltou gente feia com figurinos miseráveis na cerimônia. Hitchcock e o hobbit foram mal maquiados e viram alguns pobres cantantes receberem ‘blushes dourados’ no rosto aos sons de canções que agradaram aos
jurados. O presidente, que
brilhou no design de sua produção,
deu um fora na bem vestida Anna Karenina e a categoria de efeitos sonoros foi para a Suécia em um
empate barulhento de dois conterrâneos que se aventuraram em operações
diferentes: a Skyfall e a
caçada ao Bin Laden.
E quem detonou na animação foi uma guerreira de cachos ruivos, que foi valente contra monstros,
piratas malucos e mostrou o game over para um tal de Ralph. Nos efeitos, o hobbit 'prometheus' e a Branca
de Neve acreditou, mas quem vingou
foi Pi e sua aventura no
pacifico, que também se saiu bem na foto
e na trilha sonora.
A academia teve muito amor,
não só com a Áustria, mas com todos
os candidatos e espalhou estatuetas em sua cerimonia TEDiosa de quatro horas de muita cantoria, que o diga o
apresentador de piadas instáveis Seth Macfarlane. Inocentes são aqueles que acham que o Oscar é justo, mas mestres são os que classificam
essas sessões anuais como um
produto miserável de Hollywood.
Pelo menos Argo e Django, meus prediletos, ficaram
livres desse contexto. Ou não?
*Em negrito e sublinhado: referências e/ou trocadilhos com os nomes dos filmes que concorreram ou foram premiados com o Oscar.
*Em itálico: referências e/ou trocadilhos sobre as categorias do Oscar.
Argo de longe era meu favorito entre a lista, mas tudo bem! AHAHAHAH Danilo4400
ResponderExcluirHahahahahahahahaa Morgan e seus trocadilhos cinematográficos. Excelente o seu texto, ri um bocado
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